logo teste

Celulares podem escutar nossas conversas? Descubra o mito e a verdade por trás dessa suspeita

Descubra se há evidências de que smartphones gravam nossas conversas para direcionar anúncios, o que dizem estudos independentes e empresas, e aprenda medidas práticas para proteger sua privacidade. Saiba como separar mito de realidade neste guia completo.

Publicado por: Eduardo Batista Barboza 11/07/2025 18:07
Imagem ilustrativa da notícia Celulares podem escutar nossas conversas? Descubra o mito e a verdade por trás dessa suspeita

Imagem gerada por inteligência artificial

A sensação de estar sendo espionado

Quem nunca comentou algo próximo ao celular e, pouco depois, viu propagandas relacionadas no feed? Esse fenômeno alimenta desde boatos em redes sociais até teorias da conspiração sobre “smartphones espiões”. Mas será que esse susto tem fundamento? Pesquisa da BBC mostra que experimentos cuidadosamente conduzidos não encontraram provas de que os aparelhos escutem secretamente nossas falas para direcionar anúncios BBC. Por outro lado, especialistas alertam que aplicativos maliciosos podem, sim, usar o microfone sem o nosso conhecimento Forbes Brasil. Vamos destrinchar esses pontos.

 

Mito x realidade: o que dizem os testes independentes

Em 2019, a empresa Wandera repetiu os testes virais que vinham divulgando “provas” de escuta oculta e não encontrou nenhum indício de monitoramento secreto BBC. Já Jake Moore, da ESET, lembra que os algoritmos de big data dispõem de tantos dados sobre hábitos de uso que não precisam de áudio para inferir preferências, hobbies e até prever compras futuras Forbes Brasil. Ou seja, muitas vezes confundimos segmentação avançada — baseada em buscas, redes sociais e localização — com espionagem por microfone.

 

O papel das empresas de marketing

Relatórios de 2023 e 2024 chegaram a apontar que a Cox Media Group (CMG) teria desenvolvido software de “Active Listening” para coletar conversas via microfone e vender dados a parceiros de publicidade Olhar Digital. A CMG chegou a defender que essa prática seria legal, pois estaria prevista em termos de uso, mas recuou ao publicar uma nota afirmando que não grava conversas individuais, apenas dados anônimos agregados Olhar Digital. Esses casos reforçam a importância de ler (ou pelo menos revisar) os termos de privacidade de cada app instalado.

 

Como Google e Apple se posicionam

Tanto Google quanto Apple negam a utilização de gravações de conversas para fins publicitários sem consentimento explícito. O Google ressalta que o Android bloqueia acesso ao microfone quando o aplicativo não está ativo, exibindo sempre um ícone de “microfone em uso” na barra de status Olhar Digital. A Apple afirma que nenhum app pode acessar o microfone sem permissão expressa do usuário e que não utiliza dados da Siri para criar perfis de marketing ou vendê-los a terceiros Olhar Digital.

 

Teste simples para checar seu aparelho

Se a dúvida persiste, um procedimento recomendado pela Hardware.com.br ajuda a verificar possíveis escutas:

Escolha um tema totalmente inédito para você (por exemplo, “planta carnívora voadora”).

Fale repetidamente esse assunto perto do celular por alguns dias, sem pesquisá‑lo ou mencioná‑lo online.

Continue usando o smartphone normalmente e observe se começam a surgir anúncios relacionados ao tema inédito.
Se isso acontecer, pode ser um sinal de gravação ambiental — ou apenas pura coincidência, pois algoritmos podem correlacionar interesses bizarros com perfis semelhantes Hardware.com.br.

 

Medidas práticas para reforçar sua privacidade

Revise permissões de microfone: no Android, acesse Configurações > Aplicativos > Permissões; no iOS, vá em Ajustes > Privacidade > Microfone e desative o que for desnecessário Fundação Telefônica Vivo.

Desative assistentes de voz: limite ou desligue Siri, Google Assistant e Alexa quando não estiverem em uso, reduzindo a exposição do microfone Fundação Telefônica Vivo.

Mantenha o sistema e aplicativos atualizados: correções de segurança geralmente incluem melhorias nas permissões de acesso ao hardware Forbes Brasil.

Use ferramentas de privacidade: aplicativos como VPNs e bloqueadores de rastreadores limitam o compartilhamento de metadados e podem impedir coleta indesejada de informações.

 

A voz é sua, mas a privacidade também

Embora existam casos isolados de softwares contestados, não há consenso científico ou evidência robusta de que nosso celular grave conversas o tempo todo para alimentar anúncios. A combinação de algoritmos avançados, big data e nossa própria exposição online explica grande parte do “fenômeno”. A melhor defesa continua sendo o controle consciente das permissões, a leitura mínima dos termos de uso e a adoção de hábitos digitais mais seguros.

 

Gostou deste artigo?
👉 Siga nosso perfil no Instagram: @infectustech para mais conteúdos sobre tecnologia e privacidade.
🔄 Compartilhe com amigos que precisam saber disso.
💬 Deixe seu comentário: você já teve a sensação de que o celular “escutou” você?

 

Compartilhar:

Comentários