Porquê o Tráfego Aéreo dos EUA Ainda Opera com Disquetes e Windows 95
Descubra por que o controle de tráfego aéreo dos EUA continua utilizando disquetes e Windows 95, os riscos dessa tecnologia obsoleta e como as autoridades planejam atualizar o sistema.

Imagem gerada por inteligência artificial
Você sabia que grande parte do controle de tráfego aéreo dos Estados Unidos ainda depende de disquetes de 1,44 MB e de computadores rodando Windows 95? Embora pareça absurdo em pleno século XXI, essa realidade resiste em centenas de torres de controle e centros de radares espalhados pelo país. Neste artigo, vamos explorar as razões históricas, técnicas e orçamentárias por trás dessa dependência, os riscos associados e os planos em curso para finalmente modernizar o sistema.
Por que a tecnologia obsoleta persiste?
Custo e complexidade de certificação
Atualizar um sistema crítico de aviação exige longos processos de testes e certificações para garantir 100% de disponibilidade — qualquer instabilidade pode interromper voos ou, na pior das hipóteses, comprometer a segurança.
Robustez comprovada
Sistemas legados, embora ultrapassados, provaram ser extremamente confiáveis ao longo de décadas. Ironia: sem atualizações, também não recebem bugs recentes.
Dependência de hardware específico
Muitos módulos de radar e interfaces de comunicação foram projetados para funcionar exclusivamente via disquetes e drivers de Windows 95. Refazer todo esse ecossistema demanda recriar hardware e software compatível do zero.
Riscos e impactos para a aviação
Vulnerabilidades de segurança
Sem patches desde 2001, o Windows 95 está exposto a falhas conhecidas que podem ser exploradas por atacantes. Num contexto tão sensível, qualquer brecha é uma ameaça direta.
Atrasos operacionais
Falhas na leitura de disquetes — por deterioração física ou erro humano — podem travar sistemas e gerar atrasos até a recuperação manual dos dados.
Custos de manutenção “vintage”
Peças de reposta para drives de disquete e componentes antigos são importadas como itens de colecionador, elevando custos muito além do previsto.
Histórico do ATC nos EUA
O sistema de Controle de Tráfego Aéreo começou nos anos 1960 com mainframes IBM 9020, evoluiu para IBM 3083 nos anos 1980 e, nos anos 1990, para servidores IBM 9672. Porém, a interface e a lógica de processamento mudaram pouco — mantendo disquetes e Windows 95 para gerenciar visualmente os “flight strips” e comunicações entre torres.
Planos de modernização e cronograma
A Federal Aviation Administration (FAA) traçou um roadmap para aposentar disquetes e Windows 95 até 2030:
2025–2026: RFI e Industry Days para soluções de virtualização.
2027–2028: Piloto de sistemas Linux em centros regionais.
2029: Plataforma em nuvem com criptografia ponta‑a‑ponta.
2030: Desativação completa dos sistemas legados.
Lições para líderes de TI
Manutenção preventiva é fundamental
Migração faseada minimiza riscos
Comunicação clara com stakeholders
A dependência de disquetes e Windows 95 no tráfego aéreo dos EUA exemplifica como sistemas legados podem perdurar décadas—robustos, mas também vulneráveis e caros de manter. A modernização já começou, mas ainda há muito caminho a percorrer. Para evitar “legados eternos” em sua empresa, invista em atualizações regulares, planejamento cuidadoso de migrações e transparência com todos os envolvidos.
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