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Ubisoft quer obrigar jogadores a destruírem cópias de games descontinuados

A mais recente atualização do EULA da Ubisoft exige que jogadores desinstalem e destruam cópias físicas de títulos cujos suportes sejam encerrados, reacendendo debates sobre direitos do consumidor, preservação de jogos e práticas de licenciamento na indústria. Saiba o que muda, como a comunidade tem reagido e as possíveis implicações jurídicas desta polêmica medida.

Publicado por: Eduardo Batista Barboza 17/07/2025 16:52
Imagem ilustrativa da notícia Ubisoft quer obrigar jogadores a destruírem cópias de games descontinuados

Imagem gerada por inteligência artificial

A Ubisoft gerou controvérsia ao incluir, em seu Contrato de Licença de Usuário Final (EULA), uma cláusula determinando que, caso o suporte a um título seja descontinuado, o jogador “deverá desinstalar imediatamente o produto e destruir todas as cópias do produto em sua posse” TecMundo Tecnoblog. A exigência vale tanto para versões digitais quanto para mídias físicas e ressalta o entendimento legal de que, segundo a empresa, o consumidor adquire apenas uma licença de uso, e não a propriedade plena do jogo TecMundo Windows Central.

 

O que diz a nova cláusula

Na prática, a Ubisoft passa a ter o direito de rescindir contratos unilateralmente “a qualquer momento, por qualquer motivo”, sem oferecer justificativas detalhadas aos usuários. Quando a empresa decide encerrar o suporte a um título — seja por razões técnicas, financeiras ou estratégicas — o jogador fica obrigado a não apenas desinstalar o jogo, mas também destruir qualquer cópia física que possua, independentemente de ter sido adquirida em loja física ou digital Tecnoblog TecMundo. Este trecho do EULA reforça o caráter de licença condicional que vigora para produtos de entretenimento digital, mesmo quando vendidos em mídia tangível.

 

Contexto na indústria e movimento “Stop Killing Games”

Essa medida da Ubisoft não ocorre de forma isolada. Desde o surgimento do movimento Stop Killing Games em abril de 2024, capitaneado por Ross Scott, a comunidade vinha alertando para o risco de “bricking” — tornar jogos inoperáveis após remoções de servidores — e exigindo maior transparência sobre a natureza das licenças de software de entretenimento Polygon. Petições e debates públicos pressionam publishers a fornecerem modos offline ou garantirem que jogos físicos continuem a funcionar mesmo após o fim do suporte. A nova política da Ubisoft, ao exigir a destruição das mídias físicas, parece um contraponto direto às iniciativas de preservação de acervos digitais e coleções históricas.

 

Reação da comunidade e especialistas

Nas redes sociais, muitos jogadores definiram a cláusula de “absurda” e “autoritarista”, questionando até que ponto as empresas podem ditar o destino de produtos comprados em lojas físicas eazybrief.com GameFragger.com. Fóruns especializados e plataformas como Reddit e X viralizaram críticas ao tom vagamente redigido do EULA, que não detalha mecanismos de fiscalização ou sanções, mas mesmo assim impõe a obrigação de destruição do jogo. Organizações de defesa do consumidor e advogados especializados em direito digital passaram a analisar possíveis confrontos com leis de proteção ao consumo, especialmente em jurisdições que reconhecem direitos de propriedade sobre bens tangíveis.

 

Implicações jurídicas e direitos do consumidor

Do ponto de vista legal, a polêmica reforça a distinção entre compra e licenciamento de software. Um processo judicial em curso na Califórnia, motivado pelo desligamento de The Crew em 2024, discutiu se jogadores possuem de fato o título físico que adquirem ou apenas uma licença que pode ser revogada a qualquer momento Windows Central. A existência de códigos de ativação com validade até 2099 contrasta com a cláusula de destruição imediata, gerando argumentos de inconsistência contratual e possíveis violações de leis estaduais que protegem o consumidor contra práticas enganosas.

 

Preservação de jogos e futuro do colecionismo

Para historiadores e museus de videogames, essa atualização exemplifica os desafios crescentes da preservação cultural na era digital. Diferentemente de livros ou filmes em mídia óptica, jogos muitas vezes dependem de servidores e mecanismos de licenciamento que podem tornar títulos inacessíveis. Colecionadores continuam mantendo cópias físicas, muitas vezes ignorando cláusulas pouco praticadas, mas a insegurança jurídica cresce TecMundoWikipedia. A tendência é que debates sobre direitos digitais evoluam, pressionando governos e entidades regulatórias a recriarem normas específicas para o setor de games.

 

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